sábado, 7 de agosto de 2010
Pai! Simplesmente Pai!
Pode parecer estranho, mas para nós, mulheres, não é muito fácil falar sobre os pais. Não me refiro às homenagens pelo Dia dos Pais, elogios, críticas, comparações e tudo mais. Isso tudo é “café pequeno”, tiramos de letra. Falar da “instituição” pai é que nos põe a pensar um pouco. Talvez, a lembrança de nosso próprio pai interfira, reavivando sentimentos e nos deixando meio parciais em nossas reflexões. É bem provável que esta seja apenas a minha opinião sobre o assunto, com a qual ninguém é obrigado a concordar. Mas, a sociedade eleva quase sempre a mãe à condição de heroína do lar (o que não deixa de ser real, às vezes). Aos pais é destinado um papel coadjuvante, participativo sim, mas com funções ditas diferentes da feminina. Mesmo os mais modernos que assumiram sozinhos as tarefas domésticas, a criação e a educação dos filhos, ainda estes padecem do estigma de estarem exercendo o papel da mãe e não desempenhando o seu próprio papel. Ser pai nos dias de hoje, virou uma tarefa mais humana do que era há anos atrás. Até a legislação modificou-se para dizer “poder familiar” onde antes se falava em “pátrio poder”, retirando a exclusividade do pai como chefe da família e promovendo a igualdade de responsabilidades entre pai e mãe, com relação aos filhos. Isto, entre muitas outras coisas, fez com que a figura do pai se tornasse mais próxima dos filhos. E levou os filhos, por sua vez, a se sentirem mais amigos do pai e menos como entes subalternos. Porém, existem mágoas, relações mal resolvidas e sentimentos que não se conseguiram expressar por toda uma vida, que vem confundir os relacionamentos entre pais e filhos. A vida moderna trouxe consigo outros questionamentos, outras necessidades. Não se vislumbra mais na pessoa do pai apenas a figura do provedor do sustento, já que a mãe também foi à luta em igualdade de condições. O pai pode assumir com certa tranquilidade o seu lugar como aquele que conta histórias e ouve segredos; aquele que se importa com o bem estar físico e psicológico do filho; aquele que sugere, aponta caminhos, mas deixa o filho livre para escolher; aquele que, acima de tudo, dá o que de mais precioso um filho pode querer: o seu próprio exemplo de vida. Aquele que ensina a dignidade acima de tudo, o amor ao próximo; que faz ver que o mundo vai além da própria família, esta como fundamento, mas que não se esgota em si mesma. Assim, são mais presentes. E mais felizes os pais e os filhos. Parabéns a todos os pais!!!
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