Ser advogado é muito mais que só fazer petições e ir a audiências. Também é. Mas não se esgota por aí. É desempenhar um papel social, interagindo com a comunidade. Chamar a sociedade ao debate e à reflexão. Buscar, constantemente, o equilíbrio entre direitos e deveres. Ter um envolvimento com as causas que se quer defender.
Ao exercer a advocacia, entramos na vida e na intimidade de outras pessoas. Isso pressupõe respeito mútuo e ética nas relações. Para o advogado é “apenas” trabalho, mas para a pessoa que o procura é, muitas vezes, toda a sua vida. Vida que chegou numa encruzilhada ou que sofreu um percalço. Há muito mais por detrás da satisfação dessa necessidade do que uma simples prestação de serviços contratada. É onde se vislumbra uma solução, uma esperança de ter de volta algum direito afrontado, para que a vida siga seu curso normal. O advogado para tanto empresta as armas de que dispõe: seu conhecimento da lei, sua disposição de entrar em confrontos quando falham todas as demais tentativas de solução e sua persistência em alcançar a Justiça.
“Ad vocatus” é a expressão em latim da qual deriva o vocábulo “advogado”. Significa o que foi chamado. No Direito romano indicava a terceira pessoa que o litigante chamava perante o juízo para falar a seu favor ou defender o seu interesse.
Além disso, a advocacia vem imbuída de toda uma participação na busca da cidadania, de uma sociedade mais justa e mais fraterna, função esta que foi destacada pelo ex-presidente nacional da OAB, Hermann Assis Baeta, com a seguinte frase: “o advogado é, antes de tudo, um cidadão que não fica à margem, acima ou abaixo da conceituação destinada ao ser político”.
sábado, 27 de março de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário