Parece um jogo de palavras. São duas colocações. A primeira expressão é um ditado bastante conhecido “devagar se vai ao longe”, nos reportando à paciência que necessitamos ter com certas coisas, se queremos, de fato, vê-las se concretizar ou acontecer.
A outra expressão “ao divagar se vai longe” nos remete a algo bem diferente: a como nossos pensamentos podem nos levar a conclusões, interpretações e até perspectivas, sonhadoras ou não, de nossa realidade. Em comum, além da semelhança na sonoridade, a distância a ser percorrida até encontrarmos o fim. As divagações podem nos fazer viajar de olhos fechados (ou bem abertos), sem sair do lugar, para muito longe. O tema se presta a mais deduções, querendo insinuar que damos às coisas a interpretação que queremos... Como a mesma frase ou a mesma atitude podem soar diferentes para uma e para outra pessoa, que delas se apropria, atribuindo-lhes diferentes significados a partir de suas experiências e valores.
Podemos explorar ou expandir os assuntos até o infinito, devagar ou divagar, mas é prudente evitarmos a dispersão. Senão acabaremos, como se diz, “viajando na maionese” e não chegaremos a lugar algum. Lembro-me de repente de uma música que diz “longe se vai, sonhando demais, mas onde se chega assim?” Então, esta é a grande questão: onde chegar, o que buscar?
E é assim que precisamos ser e ter objetivos, na vida. Porque mesmo devagar é preciso saber qual a direção a seguir, a nossa direção. E divagar... Bem, divagar é preciso às vezes...
sexta-feira, 19 de março de 2010
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Excelente post!
ResponderExcluirSatisfação encontrar teu blog.
Já estou seguindo com prazer.
Um abraço.