sexta-feira, 19 de março de 2010

Cruzamento perigoso

Pare, olhe, cheire! E ouça também, se conseguir... Reféns de um progresso que nos causa danos e transtornos ao invés de proporcionar conforto e satisfação, ainda tentamos experimentar o mundo ao nosso redor com a simplicidade de nossos sentidos. Pouco provável que se consiga. Nas ruas, se não tropeçamos nos produtos expostos nas calçadas, corremos o risco de engasgar com a fumaça e a fuligem do ar. E se quisermos nos queixar ou apenas confidenciar a alguém nosso infortúnio, só gritando, pois o carro de som que anuncia a boa nova oferta (alguém quer saber?) está com o botão do volume emperrado... no máximo. O diálogo? Foi prás cucuias. O barulho dos shoppings, das praças de alimentação, tornam impossivel qualquer tentativa de conversa entre as pessoas. É insuportável. Mesmo em casa quase não se pode ouvir a voz do outro. Música alta de vizinhos “desligados”, buzinas exageradas, trânsito maluco ao lado de outdoors por todo lado, lixo no meio das ruas e calçadas, e nos dizemos civilizados? Até quando vamos suportar? Até quando o planeta vai agüentar tanta agressão? Depois ficamos questionando o porque do stress, das doenças e da baixa qualidade de vida. Parafraseando um jargão antigo: ou o planeta acaba com a poluição ou a poluição acaba com o planeta. E conosco também.

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