Recentes estudos demonstram que não existe um só tipo de inteligência. Pelo contrário, verifica-se que o ser humano tem diferentes aptidões e que a inteligência não pode ser medida apenas por um índice, como no caso da aptidão para lógica e matemática, que sempre foi o padrão usado pelos testes de QI.
Sendo assim, o tratamento dispensado não deve ser igual para todos, mas respeitadas as diferenças, o tratamento será diferenciado também. Como lidar da mesma maneira com uma criança que é superdotada e uma que sequer consegue pronunciar as primeiras letras? Não é discriminação, mas uma tarefa de inclusão. Ou seja, a criança com dificuldades precisa de uma atenção diferente, pois do contrário ela não conseguirá assimilar o mesmo conteúdo que as outras e nada aprenderá. Também a criança considerada superdotada necessita de uma abordagem de acordo com sua capacidade, senão corre o risco de se desestimular, pois já está em outro estágio de aprendizagem. Os professores é que sabem disso. Uma reflexão sobre o assunto, interessante e nem tanto novo, serve para afastar o pensamento de que o mundo é dividido apenas em dois setores: o dos inteligentes e o dos ignorantes.
Hoje se sabe que cada pessoa é dotada de diversas inteligências, e que poderá desenvolver mais ou menos um tipo, dependendo de sua capacidade e formação. Tem aqueles que nascem com habilidade para as artes e jamais conseguirão se interessar por finanças ou coisas do gênero. Mas isso não quer dizer que não serão capazes de elaborar um orçamento doméstico. Há outros para quem só os números, com sua exatidão, explicam o mundo. Esses, contudo, poderão ter também uma sensibilidade musical bastante acentuada. Os que se saem muito bem na oratória e na diplomacia, poderão apresentar também desenvoltura nos esportes ou em outra área. A escola, a família e o meio em que vive poderão influenciar ou fazer a pessoa adquirir mais tipos de inteligência.
Segundo o professor Howard Gardner, da Universidade de Harvard (EUA) existem sete tipos de inteligência: a corporal, verbal, auditiva, racional, espacial, intrapessoal e interpessoal. Todas elas podem estar presentes numa só pessoa, em maior ou menor grau.
A importância disso tudo é que, paradoxalmente, aprender a lidar com as diferenças torna o mundo mais igual.
terça-feira, 19 de outubro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário