sexta-feira, 29 de outubro de 2010

E o que falta?

Você já inventou de tudo. Academia, viagens, carro novo, roupas da moda, uma decoração ultramoderna, TV LCD, mídias de última geração, o filme do ano visto em primeira mão. Mas lá no fundinho, parece que falta alguma coisa, existe algo inexplicável que não deixa você se sentir 100% feliz. Também já sorriu tanto, já falou tanto, já encontrou Deus e todo mundo, e ainda assim parece que a solidão está lhe fazendo companhia. Já cumpriu todos os seus deveres e compromissos, trabalhou, dedicou-se à família, arrumou um passatempo legal, divertiu-se numa festa, mas chegou um momento em que parece que há mais alguma coisa a ser feita e você não sabe o que é. Vou lhe contar um segredo: tem mesmo algo a ser feito.
Na vida é preciso objetivar alguma coisa que nos traga uma realização maior do que o dinheiro e aquilo que ele pode comprar. Lógico que dinheiro é importante e necessário (e como!). Mas me refiro àquilo que preenche o nosso ser de alegria, da sensação de missão cumprida. Daquele sorriso que por si só é uma recompensa valiosa. Alô, atenção: não falo de simples assistencialismo. Considere a hipótese de aplicar um pouco do seu talento e aptidão em benefício do próximo sem esperar retribuição. Há situações em que nos sentimos úteis, mesmo que façamos pouca coisa. É porque temos a opção de fazer ou não e escolhemos fazer. O trabalho dignifica e enobrece. Detalhe: quando deixamos de vender, por um momento, nossa força de trabalho e nos doamos a alguma causa ou a alguém, nosso ser inteiro participa.
O voluntariado põe à prova nossas verdadeiras capacidades, pode nos tornar uma pessoa de bem com a vida, não só por ajudar alguém, mas também e porque não, por abrir novas perspectivas, novas vivências e experiências. E por um desses mistérios da vida, aquele que se doa recebe também. Ganha com a oportunidade de viver situações diferentes, conviver com outras pessoas, aprender a ser criativo, solidário, aprender, aprender e aprender...
E com tudo isso, certamente aquela sensação estranha de que falta algo será substituída pelo prazer de sentir-se útil. Acrescente-se a satisfação de participar de uma melhora na qualidade de vida da comunidade, mobilizando energias e recursos dentro de suas possibilidades e de forma responsável. O que mais falta?

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