O assunto é do momento e todo mundo fala, todo mundo critica e dá palpite. Há duas opções políticas que se apresentam para essas eleições presidenciais, para nossas considerações e análise, no intuito de conquistar nosso voto. Pena que a baixaria está correndo solta no segundo turno. E a tendência é piorar. Não só os candidatos, mas a militância cega de ambas as partes fazem coisas de espantar até cavalo manso. Somos literalmente bombardeados todos os dias com “notícias”, lembretes, dossiês, acusações, fofocas, estatísticas com procedência duvidosa e conselhos de todos os tipos. Uma grande parte deles anônimos. A coragem de expor uma idéia acaba antes de o autor assiná-la.
A mídia tem um poder tremendo de influenciar a sociedade. Mas que uso tem feito os candidatos? Ao invés de utilizarem os espaços gratuitos com campanhas institucionais ou educativas e esclarecedoras, quem sabe propostas concretas, o que se vê é uma pauta voltada a derrubar o outro de qualquer maneira. Aliás, espaço gratuito para eles, porque quem paga é o contribuinte, ou seja, nós. Sem falar nas altas cifras, o dinheiro que rola, em matéria de compra de votos, favorecimentos, marketing de primeiro mundo. Melhor nem falar nisso.
Seja por seu passado, seja por suas convicções uma avalanche de hipóteses são levantadas se este ou aquele for eleito. Capacidade, competência, interessa a alguém? Pensemos: se um aluno está para se graduar com distinção no ensino superior, porque desenvolveu um trabalho que lhe rendeu uma boa nota, e aí aparece em seu histórico uma observação de que ele foi reprovado no primeiro ano do ensino médio porque “colou” em uma matéria, deverá ser impedido de se formar? É esse o raciocínio a que está sendo induzindo o eleitorado, em alguns momentos das campanhas.
Enquanto dermos ouvidos e atenção a esse jogo infernal que se estabeleceu a título de campanha, mais difícil será ensinar aos nossos filhos e nossos jovens a importância da cidadania. E esperar que as pessoas acreditem na política é quase uma ilusão. Difícil falar nisso, porque ninguém mais quer ouvir. Todos estão cansados de ver o roto falar do rasgado. Entre nós, respeitar posições e convicções políticas sem perder a amizade, é possível ainda? Aguentar uma opinião contrária, é viável?
Outra questão polêmica: tudo é possível, realizável e imprescindível no reino encantado das promessas. Sabe quando alguém procura um emprego novo e não sabe exatamente o que vai fazer? É nessa hora que a coisa se complica. O candidato, na ânsia de agradar, sai fazendo promessas de tudo que é tipo. Mal sabe ele as demandas que irão aparecer. Então, penso que a única promessa que se possa fazer é a de trabalhar, ser ético, sério e enfrentar todas as questões que surgirem com decoro, dignidade e compromisso.
sexta-feira, 29 de outubro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário