quarta-feira, 21 de abril de 2010
A fogueira das vaidades
Não basta sermos bons. Temos que ser os melhores. Não basta estarmos bem, temos que estar acima da média, com todos os olhares e atenções voltados em nossa direção. O ser humano é engraçado, para não dizer outra coisa. Busca sempre a superação, mas dói quando o outro também o faz. E dói mais quando o outro alcança um sucesso que não obtivemos. Não queremos muita concorrência, só aquela necessária a manter as comparações e, de preferência, quando o título “the best” for nosso. Detestamos que alguém elogie o outro mais do que a nós, daí desdenhamos e diminuímos aquele, para que chegue ao nosso nível. Ver os defeitos, os erros, as dificuldades alheias, e propagá-las é uma prática bem comum. Quando rotulamos alguém por um erro ou uma falha, não deixamos que a evolução cumpra o seu papel e mostramos que nosso campo de visão não vai além do próprio umbigo. Quando nos colocamos acima dos outros, segundo nosso próprio julgamento, demonstramos nada mais do que pretensão e uma boa dose de arrogância. Querer ser despojado e se incomodar com o sucesso do outro é algo francamente duvidoso. Oportunidades, todos tem. Alguns aproveitam, outros desperdiçam e outros, ainda, correm atrás...
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Iara! Muito bacana este texto. Parabéns pelo teu trabalho. Excelente advogada, revelando-se uma talentosa escritora. Grande abraço de uma amiga que te admira! Nana Bernardes
ResponderExcluirObrigada,Nana! Fico muito feliz com tua amizade!!
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