Estamos no mundo, mas o mundo inteiro está dentro de nós. Somos o ponto de partida. Quando paramos por um instante, percebemos que de nós dependem todas as ações, toda iniciativa e toda a direção que possamos dar à nossa vida. O mundo é a interpretação que damos a ele, aos fatos e situações a partir de nossas convicções, princípios e percepções. As coisas que fazemos são, em última análise, para proporcionar a nossa própria felicidade, mesmo que por vezes se confundam com uma atuação externa e voltada para diferentes interesses. Quando o nosso bem estar coincide com o bem estar dos demais, então temos o milagre da harmonia. Se eu não quero, até que eu mude de ideia, nada irá acontecer. Somos os protagonistas de nossa história. Ocupamos nada mais do que o nosso lugar neste mundo. E se não ocupamos, ainda há tempo para fazê-lo, porque esse lugar está vago, esperando por nós. Ninguém conseguirá ocupá-lo confortavelmente, porque ele tem o nosso específico formato. E não adianta atribuir a alguém ou algo as responsabilidades pela nossa própria felicidade, por mais que muitas vezes sejamos tentados a isso. Há coisas que são tão supérfluas que nem deveriam ser consideradas, mas que desviam do caminho original. Vaidades pessoais que representam a contramão de uma possibilidade.
Há tantas tarefas a serem desempenhadas, tantos planos a serem realizados, projetos a se concretizarem.
Quando fizeres algo, empenha tua alma nisso. Dedica tua vida, tuas horas de sono e de descanso. Não precisa ser chato a ponto de ninguém mais te aguentar. Mas seja tão verdadeiro que as coisas venham até onde estás, que te procurem as oportunidades. Acredita que tua ideia é a que é possível e o que há de concreto. O inesperado e o infortúnio não podem atrapalhar, porque contornáveis. Confie na intuição. Ela não tem explicação e nem lógica, mas é o caminho que tua alma conhece. Nem tudo se explica neste mundo.
O sucesso te espera nesse ano novo que desponta! Feliz 2011!!!
sábado, 25 de dezembro de 2010
Uma alma enfeitada
O Natal deste ano parece estar um pouco diferente. Talvez não tenha me empenhado como nos outros anos em decorar a casa e o ambiente de trabalho com as coisas de Natal. Estive pensando, onde está o espírito natalino quando simplesmente compramos o enfeite pronto ou um objeto e o colocamos em algum lugar apenas para cumprir um compromisso? O que era bonito e nos dava ânimo, em nossa infância, era toda aquela preparação, aquela ânsia de chegar a data tão esperada. E junto com ela, muitas histórias, muitos mistérios... Fazer o pinheirinho... Eu disse “fazer”. Sim, havia todo um ritual envolvendo o “fazer o pinheirinho”: encontrar uma árvore adequada, adaptá-la ao lugar disponível, procurar as “bolinhas” e o presépio que desde o ano passado estavam guardados lá em cima do guarda roupa da mãe, e ai se alguém mexesse nele durante o ano. O cheirinho do cipreste, usado quando não havia pinheiro, as espetadas nas mãos, o suor escorrendo nos rostos empolgados de tanta animação, tanto trabalho... Como acomodar tantos enfeites numa única árvore? E depois de pronta, ficar caminhando em volta dela, só admirando o resultado. O tempo até parava.
Claro que é lindo e maravilhoso ver uma decoração natalina bem feita e harmoniosa, senão ninguém iria a Gramado e Canela para ver tanta beleza. Mas a “beleza” é linda na medida em que toca o coração da gente e das pessoas que nos são queridas. Assim, os encontros de final de ano, mais do que cumprir um compromisso são um momento de reaproximação e convívio entre aqueles que passaram o ano todo lado a lado, sem conseguir de fato parar um pouco para uma conversa, uma risada, um olhar mais próximo. É o calor da alma das pessoas que faz um Natal feliz. Aquela presença sentida e não só um contato superficial ou corriqueiro, mas as lembranças dos bons momentos e a esperança de que haja muitos outros, aquela vibração que sai do silêncio do coração e vai encontrar o outro Que neste Natal possamos enfeitar, além de nossas casas e festas, a nossa alma com sentimentos de amor, solidariedade, paz e harmonia, porque isso ficará vivo para sempre dentro de nós e das pessoas que queremos bem.
Claro que é lindo e maravilhoso ver uma decoração natalina bem feita e harmoniosa, senão ninguém iria a Gramado e Canela para ver tanta beleza. Mas a “beleza” é linda na medida em que toca o coração da gente e das pessoas que nos são queridas. Assim, os encontros de final de ano, mais do que cumprir um compromisso são um momento de reaproximação e convívio entre aqueles que passaram o ano todo lado a lado, sem conseguir de fato parar um pouco para uma conversa, uma risada, um olhar mais próximo. É o calor da alma das pessoas que faz um Natal feliz. Aquela presença sentida e não só um contato superficial ou corriqueiro, mas as lembranças dos bons momentos e a esperança de que haja muitos outros, aquela vibração que sai do silêncio do coração e vai encontrar o outro Que neste Natal possamos enfeitar, além de nossas casas e festas, a nossa alma com sentimentos de amor, solidariedade, paz e harmonia, porque isso ficará vivo para sempre dentro de nós e das pessoas que queremos bem.
A família não quer olhar para si
O que está acontecendo com nossos jovens e nossas escolas? Fogo na Escola Genuíno Sampaio, de Sapiranga; um professor morto a facadas por um aluno em sala de aula, em Belo Horizonte; tráfico e consumo de drogas dentro do pátio de uma escola. O que mais podemos esperar? Alunos que enfrentam os professores e colegas dizendo que “não dá nada”... Ouvi o relato de uma professora, de que um aluno conta como vantagem que o pai o incentiva a reagir, a revidar em caso de ser agredido. O problema é que este aluno já sai batendo nos outros, mesmo sem ter sido agredido. Que prevenção é esta de agredir para não ser agredido? Muito já se comentou, estudou e constatou sobre o papel da família na educação e formação da criança. A família é o primeiro ninho, a primeira escola, o espelho que dará a dimensão da interação da criança e do jovem com o mundo. Quando a família falha, de alguma maneira, perdeu-se a primeira chance de socialização adequada.
Existe uma crença (ou seria crendice?) de que a crianças e jovens nada acontece em caso da prática de algum delito. Contudo, não é bem isso que diz a Lei. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê em seu artigo 112 que “verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: advertência; obrigação de reparar o dano; prestação de serviços à comunidade; liberdade assistida; inserção em regime de semi-liberdade; internação em estabelecimento educacional; encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; orientação, apoio e acompanhamento temporários; matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente; requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; acolhimento institucional; inclusão em programa de acolhimento familiar; colocação em família substituta.” Também refere a lei que amedida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração. Porém, em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.
Quando a família delega à escola a obrigação de educar, mas tira do professor toda a autonomia necessária colocando-o na posição de subalterno perante o aluno que “tudo pode, pois não dá nada”, corre o risco de ao invés de formar cidadãos, entregar à sociedade "elementos".
É triste, mas é verdade.
Existe uma crença (ou seria crendice?) de que a crianças e jovens nada acontece em caso da prática de algum delito. Contudo, não é bem isso que diz a Lei. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) prevê em seu artigo 112 que “verificada a prática de ato infracional, a autoridade competente poderá aplicar ao adolescente as seguintes medidas: advertência; obrigação de reparar o dano; prestação de serviços à comunidade; liberdade assistida; inserção em regime de semi-liberdade; internação em estabelecimento educacional; encaminhamento aos pais ou responsável, mediante termo de responsabilidade; orientação, apoio e acompanhamento temporários; matrícula e frequência obrigatórias em estabelecimento oficial de ensino fundamental; inclusão em programa comunitário ou oficial de auxílio à família, à criança e ao adolescente; requisição de tratamento médico, psicológico ou psiquiátrico, em regime hospitalar ou ambulatorial; inclusão em programa oficial ou comunitário de auxílio, orientação e tratamento a alcoólatras e toxicômanos; acolhimento institucional; inclusão em programa de acolhimento familiar; colocação em família substituta.” Também refere a lei que amedida aplicada ao adolescente levará em conta a sua capacidade de cumpri-la, as circunstâncias e a gravidade da infração. Porém, em hipótese alguma e sob pretexto algum, será admitida a prestação de trabalho forçado.
Quando a família delega à escola a obrigação de educar, mas tira do professor toda a autonomia necessária colocando-o na posição de subalterno perante o aluno que “tudo pode, pois não dá nada”, corre o risco de ao invés de formar cidadãos, entregar à sociedade "elementos".
É triste, mas é verdade.
Teóricos & práticos
Dizem que não se casam muito bem. Os teóricos conhecem toda a explicação, toda a doutrina e todas as comparações. Sabem como fazer a partir do que estudaram, e isso lhes dá uma boa dose de certezas. Os práticos, teoricamente, seriam aqueles que realizariam concretamente o que lhes foi ensinado na teoria e também aquilo que descobriram “na prática”, por experiência própria. Sabem fazer porque, de tanto que já fizeram, aprenderam na marra. Assim sempre foi feito e assim sempre será.
Na teoria tudo tem jeito, tudo deveria funcionar bem, se cumpridos os pressupostos. Mas na prática, nem sempre é assim. Há ocasiões em que só usando um sexto sentido ou um recurso diferente se consegue obter um resultado. Tem indivíduos que só se dedicam a teorias. Para eles não é possível algo não dar certo se forem seguidas todas as instruções. Experimente dar um controle remoto diferente para um teórico. Ou um aparelho qualquer. Ele vai seguir todas as instruções e se não funcionar vai buscar mais informações ou fundamentos, a fim de entender o que está se passando. O prático vai fuçar até que descubra o segredo. Vai tentar procurar alguma coisa que lhe dê uma pista por comparação e se não encontrar, vai inventar algum... atalho. A teoria é como uma equação matemática onde quatro é a soma de dois mais dois. Mas pode ser também a soma de três mais um. A prática aconselhada pela teoria faz bonito. E vice versa. Mas poucas vezes uma se deixa influenciar pela outra. Ambas estão convictas, concentradas em seus atributos. Os práticos alegam a experiência, os teóricos o conhecimento. No entanto, é pela junção dos dois que o mundo progride.
Na teoria tudo tem jeito, tudo deveria funcionar bem, se cumpridos os pressupostos. Mas na prática, nem sempre é assim. Há ocasiões em que só usando um sexto sentido ou um recurso diferente se consegue obter um resultado. Tem indivíduos que só se dedicam a teorias. Para eles não é possível algo não dar certo se forem seguidas todas as instruções. Experimente dar um controle remoto diferente para um teórico. Ou um aparelho qualquer. Ele vai seguir todas as instruções e se não funcionar vai buscar mais informações ou fundamentos, a fim de entender o que está se passando. O prático vai fuçar até que descubra o segredo. Vai tentar procurar alguma coisa que lhe dê uma pista por comparação e se não encontrar, vai inventar algum... atalho. A teoria é como uma equação matemática onde quatro é a soma de dois mais dois. Mas pode ser também a soma de três mais um. A prática aconselhada pela teoria faz bonito. E vice versa. Mas poucas vezes uma se deixa influenciar pela outra. Ambas estão convictas, concentradas em seus atributos. Os práticos alegam a experiência, os teóricos o conhecimento. No entanto, é pela junção dos dois que o mundo progride.
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