Independentemente de ter ou não ter votado nela, não dá prá negar: é um orgulho para a classe feminina uma mulher ter se tornado presidente do Brasil. A primeira a chegar lá. Apesar de toda a polêmica em torno de sua candidatura ela soube tirar de letra a situação e alcançou o mais alto cargo/posto político da nação. Enérgica e decidida, talvez tenha frustrado a expectativa de quem esperasse um tratamento mais ameno, por se tratar de uma mulher. Talvez os eleitores esperassem uma senhora simpática e cheia de reverências, no alto de seus sessenta e poucos anos. O fato é que Dilma, a presidente eleita, mostrou ser muito mais do que uma simples candidata a um cargo político. Resolveu vestir a camiseta e apresentar ideias e propostas concretas, dizer sua opinião e manifestar sua vontade de governar o país. Criticada por alguns pela falta de tato, disciplinou-se e encontrou a sua maneira de lidar com o público.
Aliás, é interessante como às vezes se espera o desempenho de uma mulher: que seja profissional só até onde não venha a ferir os brios de uma sociedade, ainda não muito acostumada com a mulher em posição de comando. E uma mulher que expressa livremente suas opiniões e opções e, mais do que isso, vai à luta mostrando que sabe o que quer, então, pode ser um perigo! Deixando de lado considerações acerca do feminismo, o episódio das eleições foi algo desafiador. Ninguém sabe muito bem como serão os próximos quatro anos. Como ninguém poderia ter certeza, se fosse vencedor o outro candidato. O tempo é o senhor da razão, já disse alguém outrora. Mas a fibra e a coragem desta mulher que venceu inclusive uma doença deverão ficar gravadas na memória dos brasileiros e brasileiras. O ineditismo de sua conquista também. Seus desafetos continuarão a minimizá-la, seus correligionários e apoiadores a admirá-la. Afinal, ninguém consegue agradar a todos, sempre. Porém, a grande maioria do país tem esperança nela. Uma coisa, no entanto, é certa: a mudança de quase tudo aquilo que reclamamos e achamos ruim passa pelo Congresso. E quem coloca esse povo lá somos nós.
sábado, 20 de novembro de 2010
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