DE MÃE PARA MÃES
Mãe-agricultora, que vai plantando as sementes do bem...
Mãe-professora, que ensina os caminhos da vida...
Mãe-médica, que cura até as feridas da alma...
Mãe-advogada, que defende os filhos dos perigos do mundo...
Mãe-engenheira, que constrói pontes de afeto...
Mãe-bancária, que só não economiza incentivos...
Mãe-contabilista, que faz as contas fecharem no fim do mês...
Mãe-secretária, que agenda, relembra e faz cumprir compromissos...
Mãe-operária, que produz a riqueza da dignidade no trabalho...
Mãe-religiosa, que ora a Deus pelos filhos...
A profissional e a mulher se confundem para dar origem a um novo ser. O novo ser é a mãe e não o filho. O filho sempre existirá, a mãe talvez... Haverá mãe que não desempenhe o seu papel? Sim, haverá... Isto não é tão poético como desejaríamos, mas é real. Porque ser mãe, hoje mais do que nunca, é opção. E acima de tudo uma opção de coragem. Não basta dar a luz o filho. Há que se amá-lo, cuidá-lo, há que se educá-lo. Proteger, mas antes e também conduzi-lo ao caminho do bem. Ensinar que existem direitos, mas também existem deveres. Que o mundo não está aí para servi-lo, mas aguarda a sua presença e a sua ação transformadora, com integridade e lucidez.
Mãe do filho que ri, do filho que chora e do filho que adora...
Mãe do filho trabalhador, daquele que sonha e do que realiza...
Mãe do filho ausente, do filho preso, do filho surpresa...
Mãe do filho doente e daquele que já partiu...
Mãe jovem, mãe idosa, mãe pobre, mãe rica, mãe amiga, mãe voluntária, mãe política, mãe ecológica... Há espaço para todas as mães.
Em todas o mesmo traço, o mesmo afago, em todas o mesmo e único amor.
A mesma aflição: perdoem a falta de tempo, a falta de abraço, a falta de espaço, a falta de escolha.
E quando passarem os dias, avançarem os anos e a vida se tornar o presente de cada um, não fique esquecida aquela que, por vezes até nem tinha estudo, mas possuía a maior sabedoria que um ser humano pode alcançar: a do amor puro e genuíno, sem limites e sem distinção que se pode consagrar e oferecer a outro ser humano.
Não há diferença de filhos. Há igualdade entre as mães.
Iara Averbeck
sexta-feira, 8 de maio de 2009
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