quinta-feira, 9 de abril de 2009

A ALMA DO JORNALISMO

O dia 07 de abril é dedicado a comemorar-se o Dia Nacional do Jornalista. A data foi instituída em 1931, pela Associação Brasileira de Imprensa, em homenagem ao médico e jornalista João Batista Libero Badaró, assassinado em 22 de novembro de 1830, por inimigos políticos. Na ocasião, sua morte gerou um forte movimento popular que culminou com a abdicação de D. Pedro I, no dia 07 de abril de 1831. Um século depois, em 1931, por conta deste acontecimento a ABI institui o dia 7 de abril como Dia do Jornalista.
De momento o que se discute, porém, é a extinção ou alteração da Lei de Imprensa, em vigor desde 1967. Dia 01 de abril foi colocado em pauta no Supremo Tribunal Federal (STF) o julgamento de ação proposta pelo PDT, em 2008, que pede a extinção da Lei de Imprensa, por considerá-la uma afronta à liberdade de imprensa, uma vez que a lei tem sido usada para processar jornalistas. Em fevereiro de 2008, por liminar, o STF suspendeu a vigência de 20 dos 77 artigos da referida lei. A votação foi adiada para 15 de abril próximo, ocasião em que será julgada também a obrigatoriedade do diploma para jornalistas.
Com diploma ou sem diploma, o fato é que a informação jornalística ocupa lugar essencial para o pleno funcionamento da democracia, garantindo a cidadania, e estando presente em diversas causas decisivas que podem refletir nos rumos de uma cidade ou nação. Assim, a credibilidade é a alma do jornalismo. Os meios de comunicação devem divulgar fatos de interesse público, com precisão e correção, sendo uma atividade de natureza social, não sujeita a qualquer tipo de censura, respeitados os ditames da ética.
Ao proferir seu voto, pela extinção total da lei, o Ministro do STF Carlos Ayres Britto lembrou que a lei de imprensa criada em 1967, em plena vigência do regime militar, é incompatível com a atual Constituição. Para ele: “Em matéria de imprensa, não há espaço para o meio-termo ou a contemporização. Ou ela é inteiramente livre, ou dela já não se pode cogitar senão como jogo de aparência jurídica. É a trajetória humana, é a vida, são os fatos, o pensamento e as obras dos mais acreditados formadores de opinião que retratam sob todas as cores, luzes e contornos que imprensa apenas meio livre é um tão arremedo de imprensa como a própria meia verdade”.

Parabéns a todos os profissionais do jornalismo que, nos dizeres de Fábio Santana:
• Dedicam a vida a proliferar a informação
• Vivem correndo atrás da informação
• Investigam a fundo seus objetos de estudo
• Apuram a informação conquistada
• Ficam a pensar em novas pautas nos momentos mais inusitados
• Não se limitam a buscar “o que?”, “quem?”, “quando?”, “como?”, “onde?” e “por que?”, mas, principalmente, o “e daí?”
• Atuam com ética, sempre
• Respeitam colegas, veículos, leitores e a própria notícia
• Mantêm a isenção jornalística
• Levam a verdade a público
• Lêem e relêem sua criação antes de levá-la a público
• Enriquecem seu acervo mental
• Aprimoram suas técnicas
• Absorvem conhecimentos
• Produzem com estilo e personalidade
• Se comunicam com as pessoas em todos os níveis
• Cultivam sua rede de informações
• Viram noites trabalhando
• Mas não se esquecem de sua família e amigos
• E, acima de tudo, que são apaixonados pela sua profissão.
Iara Averbeck

Nenhum comentário:

Postar um comentário